Mapas das localizações originais das fontes atualmente presentes no Parque das Aguas
by Paola d'andrea
Mapear os pontos de origem das fontes (Fig.1) dá-nos a oportunidade de criar ligações entre lugares diferentes e aparentemente distantes na cidade. Pode-se traçar os caminhos imaginários que as fontes "percorreram" para chegar ao Parque das Águas (fig.2) Estas distâncias podem ser medidas em metros e podemos também percorrer estes caminhos como exercício de DERIVAS na cidade.
Traçando esses caminhos no mapa, criam-se vários desenhos e formas: um rio de afluentes a chegar ao Parque (fig.2), uma onda do mar (Fig.3), ou outros.
Fonte do Ribeirinho ou dos Ablativos / 1790
A Fonte do Ribeirinho, conhecida também como Fonte dos Ablativos devido à sua inscrição em latim, ficava originalmente na Rua de Cedofeita. Era abastecida por um ribeiro e fornecia água de qualidade para uso doméstico. A sua arquitetura era simples, com uma única bica desaguando num tanque redondo, decorada com uma imagem de Nossa Senhora de Vandoma entre duas torres. A inscrição na fonte descrevia como ela melhorou um local sujo, transformando-o em algo bonito e conveniente. A construção ocorreu em 1790, durante o reinado da Rainha D. Maria I, por iniciativa de José Ribeiro Vidal da Gama.
Fonte da Feira dos Carneiros ou Chafariz de Camões
Pouco se sabe do seu historial. Sabe-se que se encontrava encostada a Travessa das Liceiras e relativamente próximo a Rua de Camões. Era alimentada pelo chamado Manancial de Camões. Fonte em granito, assenta em laje da mesma pedra que servia para assentar as vasilhas onde as pessoas transportavam a água.
Bebedouro da Praça Carlos Alberto
Dada a sua dupla função de fornecer água e iluminação, encontra-se no seu topo um magnifico lampião que quase parece de ferro forjado. Encontrava-se instalado na Praça de Carlos Aberto por influência da Sociedade Protectora dos Animais, conforme se verifica pela tabuleta colocada no seu corpo principal. Tem duas taças, uma superior para os cavalos beberem e outra inferior para os cães e gatos. No alçado oposto, existe uma torneira para as pessoas poderem beber.
Fonte de Cedofeita / 1826
Em 1825, José Braga solicitou uma inspeção para construir um chafariz em Cedofeita, Porto. Ele ofereceu o terreno, pedindo à câmara municipal 945 litros de água por dia. A fonte, datada de 1826, foi danificada em 1893 para oferecer abrigo aos que buscavam água. Não se sabe quando foi desmontada, restando apenas um elemento decorativo nos Jardins dos SMAS. A fonte tinha duas bicas de ferro e recebia água de Paranhos-Salgueiros até 1892.
Arca de Água de Sto. Isidro
A Fonte, de arquitetura simples mas graciosa, possui um telhado piramidal quadrangular em granito com degraus e uma esfera no topo. Interiormente, é revestida com azulejos azuis e brancos com motivos vegetais. A água saía de uma carranca de granito para uma pia em forma de concha semicircular, também em granito. Era abastecida pelo Manancial da Mitra, anteriormente uma nascente na Rua de Costa Cabral, atravessando várias ruas e terrenos até chegar à fonte.
Primeira Fonte da Arrábida / 1863
A primeira fonte pública do Monte da Arrábida surgiu próximo ao Lugar do Bicalho, nas margens do Rio Douro. Originada durante a exploração da pedreira do monte, a água pura que jorrou espontaneamente foi aproveitada pela Companhia Geral dos Vinhos do Alto Douro para construir a fonte em 1863. Seu frontispício era simples, com uma bica de ferro e um pequeno tanque, cercado por assentos de pedra para os viajantes descansarem. Em 1948, a fonte foi removida para os Jardins do SMAS, onde foi reconstruída.
Fonte do Campo Alegre
A Fonte do Campo Alegre, localizada na Rua do Campo Alegre, consistia em um poço dentro de uma estrutura quadrangular de granito, com água retirada por uma bomba. Devido à falta de água, foi abandonada e entulhada pela câmara em 1945. Posteriormente, foi transferida para as matas do SMAS em março do mesmo ano, após solicitação da proprietária da quinta onde estava localizada, D. Rosalina Rosa de Jesus, para evitar comportamentos impróprios no local.
Self-Portrait as a Fountain (Fat Chance Bruce Nauman), in the Waters Garden of Porto, comes to thicken the city's public art collection. from Porto. The work in question is a bronze sculpture over a concrete plinto inside a small lake, to which Julião Sarmento (n. Lisbon, 1948) called Self-Portrait Fountain (Fat Chance Bruce Nauman): a young woman with a naked trunk, Open arms and precarious balance blows a water jet to a water mirror… The artist himself explained on the spot how his creation is the debtor of the American Bruce Nauman (n. 1941), “an absolutely seminal figure of art” of the last Half a century, which Sarmento confessed to being his "spiritual father." In one of his photography works, Self-Portrait Fountain (1966), belonging to the Whitney Museum of American Art, in New York, in Nauman, one is blowing a wire of water and representing, ironicly, the role From the artist - because “the true artist is an astonishing luminous source,” he wrote, also evoking the play with which Marcel Duchamp subverted in 1917 the meaning and art status, transforming a public Urinol into a “source”. (source web)
Fonte da Fontinha / 1852
A Fonte Seca, também conhecida como Terceira Fonte de Santa Catarina, secou, levando à necessidade de abastecer a área que antes atendia. A construção da nova fonte começou em 1861, após a medição dos terrenos. Inicialmente abastecida pelo Manancial da Povoa, passou a ser alimentada por uma mina própria no Largo da Fontinha devido aos altos custos. Em 1852, foi transferida para a Rua da Fontinha e, posteriormente, desmontada e levada para os Jardins dos SMAS. Horácio Marcal descreveu a nova fonte como simples, porém atraente.
Fonte da Rua Garret
A fonte, anteriormente na Rua Garrett (agora Rua Padre António Vieira), tinha uma decoração simples, com destaque para sua forma monolítica. Recebia água de uma mina particular localizada na Calcada da Povoa, conhecida também como mina do Gaspar Cardoso. O trajeto da água incluía várias ruas até chegar à fonte. A data exata de sua construção não é conhecida.
Chafariz do Convento de Avé Maria
Este convento situava-se onde e hoje a Estacão Ferroviária de S. Bento. Pouco se consegue saber acerca deste chafariz, nem sequer a data em que foi colocado nos Jardins dos SMAS. Hélder Pacheco ( in -Porto -, Lisboa 1984, paginas 172 )ao referir-se a este chafariz afirma que -" ...a única característica e a de possuir bicas em três níveis sobrepostos, despejando a água para duas taças e um tanque inferior."