RETÓRICA DO ATO PERFORMATIVO (workshop #2)

 

 

Neste exercício, procurou-se por relembrar de um espaço que tenha sido vivenciado no passado, que relembre a infância. A casa desenhada foi a casa onde passei parte da mesma.

Procurou-se por representar alguns elementos sonoros, tais como o bater a porta sempre que chegava a casa vizinha, para brincar com os seus tres filhos, com idades próximas da minha. 

 

O numero 4 representa-nos como grupo de crianças, que todos os dias brincávamos no exterior da casa, um espaço enorme cheio de pinheiros e sobreiros, os quais subíamos sem medo até à copa.

 

A lareira e o armário são elementos que me lembro e que permenecem na minha memória até hoje. A lareira como elemento positivo, transmitindo ainda o calor nos dias de inverno aquecia a casa e tornava aquele espaço, num lugar mágico e acolhedor. O armário como elemento menos positivo, pois lembro-me de anos mais tarde visitar aquele espaço que fora abandonado anos mais tarde, e que permaneceu dentro dele os casacos de pele da mãe, transmitindo uma sensação de melancolia e, ocultando o que de facto se tinha passado, de mais trágico.

A escolha na utilização do barro como elemento base da composição e da formação do desenho, fora por uma escolha metafórica entre o passado e o meu presente. Como escultora e ceramista, trabalhando constantemente com este material, decidi criar esta ligação. Quando criança, passávamos horas a cavar na terra, a fazer esculturas de lama, e de uma forma poderá ter sido esses momentos que foram moldando o meu pensamento até adulta optar pela minha pratica artística nas artes plásticas. Este tipo de observação foi aprofundado no próximo exercício: DESENHO, GESTO E PERFORMANCE (workshop 3).