O anseio do ser humano em navegar por mares inexplorados constantemente cria e remodela nossas realidades, amores e caminhos. A sociedade, enquanto psique humana, é construída a partir de constantes interações e convergências, somos constantemente convocados a uma jornada emaranhada de permanente devir coletivo, uma teia pegajosa de pulsões sublimadas ou não. Eros.
A viagem, portanto, se torna uma interpretação utópica e concreta do próprio viajante. O Bicho-da-seda. O caderno de viagens. Uma co-criação entre o objeto e sujeito. Entre o lugar e o transeunte. Todos estamos de passagem. Esse eterno vir a ser, é o processo de desenho como invenção do próprio mundo. Por tanto, passado, presente e futuro formam uma estrutura ininterrupta, um continuum com uma certa grossura que conecta todas as coisas no espaço-tempo. Um todo que se cria lentamente a partir de uma convergência de pequenas partes. O futuro está embrulhado no que está acontecendo agora.