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RESIDENCIAL DA BOAVISTA II No centro da cidade do Porto, pendurado na Avenida da Boavista e junto à barulhenta VCI, está um lugar onde quase nada acontece, o Foco. No Bairro Habitacional do Foco, neste bairro modernista, o tempo parece estar suspenso. Prédios podem ser construídos à sua volta, plenas mutações citadinas e o bairro ainda manteria a sua estética e ambiente. O bairro é como um corpo refastelado, com a sua cabeça pousada na avenida da Boavista e os pés sobre a VCI, sempre em contradição à movimentação e ruído constate da cidade envolvente. Os vizinhos encontram-se na entrada dos blocos, a senhora do 1.º esquerdo limpa a varanda, o porteiro vigia, solitário, o majestoso átrio. Entretanto, na urbe surgem, diariamente, novos movimentos, os metros descarregam milhares de pessoas, os citadinos saem à rua desenfreados na motivação de vivenciar um novo dia. Numa primeira fase, desenvolvemos este estudo da cidade e a sua relação com o bairro residencial colocando em foco os seus cidadãos e como os diferentes espaços são vivenciados, refletindo os seus movimentos. A cidade tece uma manta de retalhos. É na Boavista onde estes se juntam prolongando-se da cidade ao mar. Artefactos de várias épocas são unidos por uma linha invisível. O Bairro Habitacional do Foco, este bairro modernista, marca o meio desta Avenida, mudando o ambiente. A avenida comercial torna-se habitacional. O ruído torna-se em calma. A confusão citadina abre espaço a uma tranquilidade aparentemente suburbana. Numa segunda fase, uma nova promenade, com enfoque nesta relação recém-descoberta. Habitando o espaço do Bairro, entendemos que este é contaminado por figuras geométricas em contraponto à natureza.
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