No centro da cidade do Porto, pendurado na Avenida da Boavista e junto à barulhenta VCI, está um lugar onde quase nada acontece, o Foco. No Bairro Habitacional do Foco, neste bairro modernista, o tempo parece estar suspenso. Prédios podem ser construídos à sua volta, plenas mutações citadinas e o bairro ainda manteria a sua estética e ambiente. O bairro é como um corpo refastelado, com a sua cabeça pousada na avenida da Boavista e os pés sobre a VCI, sempre em contradição à movimentação e ruído constate da cidade envolvente. Os vizinhos encontram-se na entrada dos blocos, a senhora do 1.º esquerdo limpa a varanda, o porteiro vigia, solitário, o majestoso átrio. Entretanto, na urbe surgem, diariamente, novos movimentos, os metros descarregam milhares de pessoas, os citadinos saem à rua desenfreados na motivação de vivenciar um novo dia. Neste estudo da cidade e a sua relação com o bairro residencial colocamos em foco os seus cidadãos e como os diferentes espaços são vivenciados, refletindo os seus movimentos.