O Corpo que Nunca Foi
(2025)
Giselle Hinterholz
Este projeto nasceu de um desconforto antigo, mas só encontrou forma quando o corpo — finalmente — começou a falar. Um corpo que, por anos, foi moldado pela obediência, pela culpa, pela contenção. Um corpo que serviu mais para agradar do que para existir.
O Corpo que Nunca Foi não é apenas uma instalação visual. É uma travessia. Cada moldura carrega fragmentos de uma história interrompida, silenciada, violentada — mas que, ao ser contada, transforma-se em matéria de resistência.
As peças não são ilustrações da dor. São gestos de enfrentamento. São corpos simbólicos criados a partir de camadas de memória, de experiências vividas, de feridas abertas e cicatrizes malformadas. Há nelas vestígios de abandono, de fuga, de abuso, de ausência de proteção. Mas há também outra coisa: o impulso de continuar.
O espaço onde as obras habitam — um ambiente branco, forrado como uma câmara asséptica — não é um lugar de pureza. É o contrário: é o lugar onde tudo o que foi considerado “sujo”, “impróprio”, “mentira” ganha finalmente forma e voz. Neste quarto simbólico, o que antes era invisível torna-se presença.
O projeto parte de histórias profundamente pessoais, mas oferece um espelho onde outras mulheres possam reconhecer as suas próprias trajetórias — sem medo, sem vergonha, sem a culpa herdada de séculos de silêncio. Aqui, a arte não quer consolar. Quer escancarar o que foi escondido, nomear o que foi abafado, e abrir espaço para outras existências possíveis.
Mais do que um processo de cura, este projeto é um rito de insurgência contra os mecanismos que perpetuam a dor como destino. Aqui, a matéria ferida se ergue como discurso.
Metamorphosis - Ethics and Aesthetics are One - from a Neuroscientific Perspective II
(2025)
Erika Matsunami
This research is an advanced research of Metamorphosis - Ethics and Aesthetics are One - from a Neuroscientific Perspective in 2024. I explore post feminist theory from a new perspective in the 21st century. Thereby I deal with spatiality between virtual reality and physical space theoretically and practically.
Wittgenstein's "Ethics and Aesthetics are one" is the starting point of this research. "In the Notebooks, Wittgenstein states that 'the world and life are one', so perhaps the following can be said. Just as the aesthetic object is the single thing seen as if it were a whole world, so the ethical object, or life, is the multiplicity of the world seen as a single object". (Diané Collinson, The British Journal of Aesthetics, Volume 25, Issue 3, SUMMER 1985, pages 266-272)
Art transcends boundaries of race, nationality and gender. It is a creative act of unifying in the context of humanity, from the subject to the various topics, by asking questions. This point is the lack of "reality" (dealing with reality) from a sociological perspective. But it is impossible to define humanity and reality based on sociological statistics alone–is my perspective of Wittgenstein's "Ethics and Aesthetics are one". Thereby, I examine 'world and life' from the 21st century perspective.