Research Subgroup SPACES OF ARTIST EDUCATION (SAR Special Interest Group 5: Artist Pedagogy Research Group)
(2025)
Joonas Lahtinen, Sharon Stewart, Mareike Nele Dobewall, Assunta Ruocco, Arnas Anskaitis
The research subgroup SPACES OF ARTIST EDUCATION focuses on exploring the relationships between artists’ pedagogies, educational spaces, and learning environments in artist education. The key interest of the subgroup is to investigate how different spaces influence, facilitate and regulate interaction, communication and ways of teaching and learning both at art universities and in non-institutional settings. The subgroup aims to gather colleagues from diverse artistic disciplines and research backgrounds to discuss the spatial, material, bodily, performative and institutional aspects of teaching art practice, as well as their connections with educational policies, relations of power, traditions of artist education, and the very ideas about pedagogy and didactics, mastery, knowing, art, creativity, resources, accessibility, space and place.
O Corpo que Nunca Foi
(2025)
Giselle Hinterholz
Este projeto nasceu de um desconforto antigo, mas só encontrou forma quando o corpo — finalmente — começou a falar. Um corpo que, por anos, foi moldado pela obediência, pela culpa, pela contenção. Um corpo que serviu mais para agradar do que para existir.
O Corpo que Nunca Foi não é apenas uma instalação visual. É uma travessia. Cada moldura carrega fragmentos de uma história interrompida, silenciada, violentada — mas que, ao ser contada, transforma-se em matéria de resistência.
As peças não são ilustrações da dor. São gestos de enfrentamento. São corpos simbólicos criados a partir de camadas de memória, de experiências vividas, de feridas abertas e cicatrizes mal formadas. Há nelas vestígios de abandono, de fuga, de abuso, de ausência de proteção. Mas há também outra coisa: o impulso de continuar.
O projeto parte de histórias profundamente pessoais, mas oferece um espelho onde outras mulheres possam reconhecer as suas próprias trajetórias — sem medo, sem vergonha, sem a culpa herdada de séculos de silêncio. Aqui, a arte não quer consolar. Quer escancarar o que foi escondido, nomear o que foi abafado, e abrir espaço para outras existências possíveis.
Mais do que um processo de cura, este projeto é um rito de insurgência contra os mecanismos que perpetuam a dor como destino. Aqui, a matéria ferida se ergue como discurso.