DESENHO E PERFORMATIVIDADE

 

DESENHO, INSTRUÇÃO E AÇÃO [Workshop#4]

PINCEL

FERRAMENTA

SUPERFÍCIE

TINTA

MANCHA

MOVIMENTO

CORPO COMO SUPERFÍCIE

PAREDE COMO SUPERFÍCIE

AZULEJO

AÇÃO CORPO

AZUL VIDRADO

BOCA COMO MECANISMO

MEMÓRIA DESCRITIVA____



Este exercício pretende refletir sobre o desenho como proto-performance. O desenho assume uma posição de convite a uma ordem, um pedido ou uma instrução. Questiona quando o desenho é um enunciado, uma ação a ser executada, ou caso seja uma instrução como processos artisticos e colaborativos. Questiona também a quem pertence a obra, a ideia, de quem fez a instrução e que precede a um idealização pre-concebida, ou a quem a lê e recorre às suas ideias, ao seu historial artístico, e coloca em pratica, quer seja identico ou completamente distante do desejado pela pessoa que transfere o enunciado.


texto de Mike Sperlinger, intitulado "The Gesture and the Sign", explora a relação entre o gesto e os sinais/imagens que são apreendidas no contexto da arte contemporânea, analisando a forma como os artistas utilizam gestos e ações para criar significados e comunicar ideias. Examina a forma como os artistas incorporam gestos nas suas obras, seja através de performances, vídeos ou outras formas de expressão, para transmitir conceitos e provocar reflexões no público.

 

O autor também discute a importância do contexto na interpretação dos gestos, salientando que um mesmo gesto pode adquirir diferentes significados dependendo do ambiente cultural, social e histórico em que está inserido. Além disso, Sperlinger aborda a questão da repetição e da duração dos gestos, explorando a forma como essas características podem influenciar a perceção e a compreensão das obras de arte, apresentando diversos exemplos de artistas que utilizam gestos nas suas práticas, como Bruce Nauman, Vito Acconci e Marina Abramović, analisando a forma como esses gestos se relacionam com questões de identidade, corporalidade e comunicação.

 

O ensaio de Mike Sperlinger oferece uma perspetiva instigante sobre a relação entre gesto e signo na arte contemporânea, contribuindo para a compreensão de como os artistas utilizam ações e movimentos para criar significados e envolver o público em reflexões sobre a condição humana e a experiência artística.




Sobre o exercício realizado:


Este trabalho investiga a intersecção entre a expressão corporal e a criação artística, a partir da simples instrução de pegar num pincel e fazer uma mancha.


A abordagem inicial envolve a utilização do corpo como o agente que executa a ação, através do gesto de pegar o pincel pela boca. A partir daí, o movimento do corpo é transferido para a superfície do azulejo, onde a pincelada se transforma em uma mancha de tinta cerâmica. 

 

O azulejo torna-se então o palco para uma narrativa visual em constante transformação, onde o corpo e o pincel se fundem em uma expressão de movimento.

 

Nesta segunda fase,  explora-se o corpo como o suporte físico. O corpo emerge como uma tela viva, uma parede em branco, ou mesmo um azulejo, convidando à aplicação de tinta cerâmica diretamente no rosto. A utilização do rosto como superfície de pintura é desafiante, promovendo uma experiência intima.

INSTRUÇÕES:
- ENCONTRAR UM PINCEL (ferramenta de desenho)
- FAZER MOVIMENTOS (ação)
- ATÉ CRIAR UMA MANCHA NA SUPERFICIE (resultado desenho)
Estudo maquete 1
(primeira ação)

1º MOMENTO

          (CORPO como AGENTE da ação)

Estudo maquete 2
(segunda ação)
Foto descrição ação

Corpo como superficie

Pele como suporte

tinta cerâmica

mancha

 

 

Azzulejo vidrado a 1040º
video descritivo ação

2º MOMENTO

          (CORPO como SUPORTE da ação)

Foto detalha resultado (antes de cozer fragmento)