VIDEO-ARTE
Título da Obra: "Eu vou lamber uma terra"
Artista: Sirena
Duração: 3min 15seg
Sinopse:
"O projeto explora as existências de micromundos através de macro imagens. A artista reduz a própria existência, suas texturas, suas percepções ínfimas e íntimas. Em alguns momentos delimita-se também um confronto de corpos que se transformam em objetos de guerra e a objetos de sobrevivência. Reduz-se as centralidades às margens, marginaliza-se o centro da sua subjetividade. A obra apresenta uma componente sonora onde a artista serve-se ao outro, como corpo, como carne, como caça. Seja como alimento, seja como pulsão sexual. A artista assume o corpo como terra, lugar de encontros; assume o corpo como princípio de alteridade. E, ao assumir a alteridade, indica ao outro um lugar que também é carne e caça. No fim percebe-se todos como objetos, como carne, como algo a ser manipulado para mantimento de uma ordem simbólica baseada na mercantilização de corpos."
Título da Obra: DREAMS AND VISIONS
Artistas: Matti Tanskanen and Mateo Rendón
Sinopse:
"Dreams and Visions é uma colaboração entre o artista Matti Tanskanen e o tecnologista Mateo Rendón.
O projecto foca-se na exploração de como os humanos podem experienciar conceitos filosóficos como a arte de forma coletiva com a Inteligência Artificial (IA). A obra aborda o tema através do diálogo entre humanos e IA, com o intuito de compreender como esses conceitos se
constituem e são formados num processo partilhado. Através desta interface, experimenta-se como a relação entre a IA e os humanos está a evoluir no futuro."
Título da Obra: “Schnittstellen /interfaces”
Artistas: Irena Paskali
Sinopse:
"Encontramo-nos muitas vezes nas nossas vidas, os nossos caminhos coincidem fatalmente. Depois disso, estou quase sempre sozinho neste sítio, com os meus sentimentos, pensamentos e ideias. As interfaces são lugares onde as nossas vidas dão voltas, tomam uma direção diferente e saem do caminho planeado".
Título da Obra:Chernobyl Pine, 2020
Artistas: Spartak Khachanov
Sinopse:
"Quando frequentava a escola primária na Ucrânia, no Dia International em Memória do Desastre
de Chernobyl, lembro-me de uma professora idosa nos contar por muitos anos, a cada 26 de abril,
que em Chernobyl, devido à radiação, tudo ao redor do local estava a sofrer mutações como
frutos gigantes do tamanho de pessoas, animais com três cabeças que vagavam na zona de
exclusão. Toda essa informação falsa e histórias loucas da professora enchiam a minha cabeça
de fantasias. A minha mente infantil imaginava muitas imagens de outro mundo paralelo, que
permaneceram na minha memória até hoje. O meu projeto, "Chernobyl Pine", é uma trama surreal
vagamente reminiscente do estilo dos filmes de Lynch."
Título da Obra: Trajectory#1
Artistas: Inês Miguel
Sinopse:
"Horários. Andar. Sentar. Estar de pé. Esperar. Mover. Parar. Ir. Horários. Corpo mecânico. Corpo cronométrico. Paisagem sonora da cidade, cores, ritmos, ruídos, abstrações. Espaço comum. Fronteiras. Local de encontro. Metabolismo urbano. Parafernália urbana. Trajectory consiste numa série de performances de longa duração, em diferentes cidades. A cidade engloba, no seu ambiente, múltiplos estímulos/impulsos de sons e imagens. A forma como os percecionamos, influencia não só o nosso modo de pensar, como também inscreve nos nossos corpos certos ritmos e formas de movimento. Cada cidade tem a sua própria variedade de ritmos. As suas articularidades sonoras e rítmicas, incorporam diferentes perceções de tempo em cada indivíduo. No entanto, somos regulados pelo mesmo tempo civil.
Trajectory#1 vivencia o modus vivendi nos espaços e lugares de um percurso definido por um transporte público. Esta viagem, observa e absorve, os espaços envolventes de uma rota escolhida do mapa de transportes da cidade de Berlim."
Título da Obra:MetaAnémic Cinéma
Artistas: Alexandre Martins
Sinopse:
"Apropriando o filme de Marcel Duchamp de 1926, MetaAnémic Cinéma vai construir novas camadas imagéticas para estabelecer um diálogo entre sequências originais e novas. Esta é uma obra que se enquadra numa estética de remix e numa tendência de metacriatividade, relacionando- se com a Inteligência Artificial e a aprendizagem de máquina."
Título da Obra: FIGADOdeMAR
Artistas: Vanessa Rendeiro
Sinopse:
"A metáfora do fígado de mar como um órgão de purificação que, devido à poluição, acaba "cuspindo" lixo de volta para as áreas costeiras, pretende-se poderosa e invocativa nesta instalação.
A ligação entre a paisagem marinha contaminada e a instalação simbólica que devolve os detritos do mar à terra, unindo assim os dois elementos vitais para a vida no planeta - o oceano e as árvores, os dois maiores pulmões do planeta- pretende destacar a interconexão entre as ações humanas em terra e seu impacto no oceano.
Como um grito de alerta lembra que...as tuas ações em Terra, se refletem no Mar!
Título da Obra: Vida de uma bolsa de plástico
Artistas: Paula d'Andrea
Sinopse:
"Uma manhã, ao olhar pela minha janela para a majestosa árvore em frente, apercebi-me de que um saco de plástico estava preso nos seus ramos. As preocupações ecológicas surgiram em mim: comecei a perguntar-me se o saco poderia danificar a árvore e quanto tempo demoraria a desprender-se dali e a continuar o seu voo. Poderia ter ficado ali durante anos? Décadas? Os ramos por baixo dele teriam morrido? Motivada por estas questões, decidi começar a filmá-la e, durante três meses, registar a sua vida, o seu estar ali, presa.
Ao fazê-lo, pude observar como vivia um saco de plástico, soprado pelo vento e beijado pelo sol, molhado pela chuva e enevoado pelo nevoeiro. Ela foi sempre a personagem principal da minha câmara, mas enquanto o meu olhar estava fixo nela, apercebi-me que à sua volta também podia observar outras coisas a acontecer, que enquanto ela vivia a sua vida, muitas outras vidas estavam a acontecer.
O resultado é um olhar parcial sobre um lugar, sobre um ponto específico numa praça específica da cidade do Porto. Estamos na Praça da Alegria, onde tantas vidas se cruzam, tantas coisas, visíveis e invisíveis, acontecem, e entre elas há também uma bolsa de plástico presa entre os ramos de uma árvore."
Título da Obra: Labirínto
Artistas: Paulo Santos
Sinopse:
"Neste projeto, o labirinto utilizado para a realização desta experiência foi o típico labirinto redondo com um ponto central a ser descoberto como objetivo da deriva exploratória. Neste contexto, procurámos utilizar o labirinto do Parque de São Roque no Porto para explorar diferentes formas de utilização do labirinto para além da clássica definição romantizada do labirinto. Nesta experiência, foram escolhidas três formas de explorar o labirinto: a exploração lúdica, a exploração de olhos fechados como forma de simular um ambiente às escuras como se fosse noite e, por fim, a utilização do labirinto como rota de fuga num contexto em que nos deparamos com uma situação de perigo ou perseguição. Este ato performativo visa explorar reacções espontâneas ou menos espontâneas consoante a situação. Um objetivo comum às três abordagens é encontrar o centro do labirinto, que se torna o abrigo ou lugar seguro, sendo este o troço final."
Título da Obra: Manto de Cascas de Árvores (peça) / Camuflagem. (Video)
Artistas: Ana Sousa Santos
Sinopse:
"A ação foi gravada de um ponto de vista top-down, procurando explorar uma maior camuflagem da pessoa durante a ação. O elemento cromático presente nos frames dos dois vídeos é CASTANHO - VERDE - CASTANHO - VERDE - CASTANHO (os vídeos se complementam, e um é resposta ao outro. A mudança de plano de imagem entre os dois vídeos resulta numa rotação em simetria simples. Por um lado, a pessoa que realiza a ação entra no enquadramento a partir do canto inferior direito e, no vídeo de resposta, sai do plano de imagem a partir do canto superior esquerdo. Uma dualidade de acções, mas que reformula o objetivo original de devolver à natureza o que lhe pertence."
"Partindo da ideia da árvore como proteção, da sua própria casca como pele, como revestimento, tinha-se decidido criar algo em torno de um fragmento de casca encontrado. pedaço de madeira que tinha imensa textura, capaz de criar réplicas de moldes de negativos de barro bastante interessantes em termos plásticos. Surgiu o manto de peças cerâmicas, feitas através da moldagem direta da fração da própria árvore, e multiplicadas. A proteção do corpo e o abrigo da própria natureza, como se esta desse um abraço, uma bênção que permite confortar quem permanece no seu interior. O facto de o material ser frio, duro e áspero por fora dá a sensação de repelir o que é negativo e invasivo. No entanto, no interior, cada peça é revestida de sisal, o que resulta numa sensação de prazer e bem-estar para o corpo."
Titulo obra: "Llamar al pasado, Recoger las sobras y gritar"
Artista: Roberto Otero
Sinopse
"Conjugar relatos pasados y futuros de lo que quiero y pretendo ser."
Titulo obra: 34
Artista: Julian Sanchez
Sinopse
"Pesa tanto, onde pesa
Giro sem parar
Parece diferente, mas é o mesmo, nada muda
Não volto para onde eu queria estar
Não volto para aquele momento
Que momento estou procurando.
Memórias que tocam na minha cabeça
Canso-me, mas não consigo parar, não desisto
Se desisto caio."
Titulo obra:Nordostra, 2024
Artista: Suva and Eero Savela
Sinopse
"Eero Savela e Suva iniciaram a sua colaboração através de um projeto de arte sonora, produzido
para a Finnish National Broadcasting Company YLE em 2022 e 2023. Em 2024, os artistas
completaram o seu projeto Sound Trilogy para a YLE. Ao longo da sua colaboração, os artistas
têm-se focado em combinar instrumentos alternativos, criados pelos próprios, com instrumentos
convencionais, de forma a criar uma paisagem sonora reminiscente de uma tapeçaria orgânica,
minimizando o uso de efeitos como exclusion pedals e switch gadgets. As suas peças sonoras
abordam ritmos rimados e abstratos, dinâmicas vocais e géneros fundidos, resultando numa
mistura de harmonia e ruptura, pintando uma imagem vívida de espontaneidade improvisada."
INSTALAÇÃO ARTISTICA
Título da Obra: Ilusão do eco
Artistas: Mário Afonso e Ana Sousa Santos
Sinopse,
"Uma crença que viaja pela eternidade
Título da Obra: O manifesto e as suas consequências
Artistas: Claudia Mariza Brandão e Claudio Tarouco de Azevedo
Sinopse,
"O manifesto e suas consequências
FOTOGRAFIA
Título da Obra:"O desespero de olhar"
Artistas: Bernardo Noffels
Sinopse,
Uma narrativa fotográfica. O meu projeto é composto por 2 séries de cerca de
10 fotografias cada, que podem ser expostas em conjunto ou separadamente.
A série pode ser completada ou mesmo encurtada, eventualmente
complementado pela minha poesia.
Série 1: "Somos o que vemos?"
Fotografia a preto e branco. Desafiando as tendências actuais, na moda ou
não, a minha abordagem nesta série é bastante clássica. Uma série narrativa
com fotografia de rua em que as pessoas contemporâneas são o tema
principal, centrando-se na forma como olhamos para o mundo, para os
outros e para nós próprios. Olhar para o olhar. Ser olhado. Ver ou não ver.
Olhar a vida e o mundo, muitas vezes através de um smartphone, ou através
de um olhar curioso ou incerto. À procura de possíveis respostas?
Série 2: "Estamos a tornar-nos naquilo que não vemos?"
Fotografia a cores. Esta série é diferente e mais evocativa. Aqui, os humanos
são claramente menos proeminentes na imagem. É mais um olhar sobre o que
pode estar fora da fotografia e/ou atrás de portas fechadas e o que pode ser
visto. Onde o mistério está ao virar da esquina e nos deixa parcialmente no
escuro. O contraste entre o interior e o exterior, entre o que vemos e o que
não vemos e, portanto, temos de descobrir ou inventar. O que vemos é
completo e significativo, ou é algo que ainda tem de se inventar?
Título da Obra: Andaime
Artistas: Marianna Maslova
Sinopse,
A nossa casa, numa aldeia perto de Kiev (Ucrânia), estava no epicentro dos combates entre as tropas ucranianas e russas. A nossa aldeia era chamada "a fortaleza da capital (Kiev)".
Após a desocupação da aldeia, decidimos fazer uma reconstrução mínima da casa. E vieram os construtores.
Eles próprios criaram os andaimes - os mesmos que os seus bisavós tinham feito. Este é um tipo de andaime que desenhei. O nevoeiro da guerra é outro tema que me inspira. Vejo as notícias e analiso informações sobre como as nossas tropas criam nevoeiro para que o inimigo não perceba os nossos planos. Vivemos agora no "teatro dos acontecimentos de guerra". Criamos andaimes para criar a nossa vida e o nosso futuro. E, por vezes, temos de construir andaimes no nevoeiro da guerra - não sabemos o que vai acontecer a seguir, o tempo de guerra é o tempo mais nebuloso.