( fase 2)

( fase 1)

 O projeto pessoal começou com a minha inspiração tanto em Design gráfico como nas visitas constantes ás Fontaínhas. O workshop do Nuno Coelho inspirou me a olhar para o mundo a procura de elementos visuais característicos do lugar, e ao fazer este exercício deparei me com a presença inevitável das cores. As cores das Fontaínhas, estavam presentes nas toalhas que eram secas pelo vento nas varandas dos moradores, dos telhados e das suas manchas, dos grafitis nas paredes, e inevitavelmente das vistas maravilhosas para o Rio Douro. 

 

Assim decidi criar a cromatividade das Fontaínhas e recolhi graficamente as cores deste sitio, e “trouxe” as cores das Fontaínhas para o nosso espaço de trabalho. Foram dispostos papeis com as cores especificas das Fontaínhas, a sobrevoar a minha mesa de trabalho, partir de correntes de crochê, correntes que remetem a cadeia relacional destas cores com o espaço do nosso trabalho com o espaço das Fontaínhas. Este conceito de levantar cores de lugares e as correias literais e metafóricas da linha de crochê  desenvolveu um sequência de pensamentos. Em que o principal seria levantar as cores do mundo real, mas em objeto, e como é que poderia juntar as correntes e nós da minha pratica manual com linha, a esses objetos e cores reais

 

Após mais uma viagem aos lavadouros das Fontaínhas apercebi me que o plástico que estava no chão, ao longo da minha caminhada, poderia ser a porta para o desenvolvimento do projeto. Levantar literalmente as cores do chão dos lavadouros através do plástico, cortar este plástico e torná-lo em linha, tornou realidade a minha vontade de juntar o crochê tanto ás cores como as características de um espaço. 

 

Esta linha abriu um leque de oportunidades para a criação de uma peça, com as cores dos sacos, que podia carregar em si uma mensagem. Aqui entrou um relação com o meu projeto do shelter, em que estou a fazer uma requalificação do espaço dos lavadouros, pois perdeu a sua função e agora é utilizado com outros intuitos, mas em si esta muito mal tratado. Eu decidi que uma peça de vestuário seria uma maneira de relembrar o que antes estava neste lavadouro - roupa - e o que agora mais se encontra - lixo. A saia de plástico que foi criada tem essencialmente essa finalidade, é um resultado de uma linha de pensamento e junção de vários conceitos. Que me vai ajudar a seguir este projeto e fazer mais ligações conceptuais e a pensar em qual projeto derivará deste.  

experiência com crochê - linha luminosa