Performing the Shelter
"Espaço ficcional" - Experiência preparatória (1)
Reflexões sobre a ideia de abrigo e como interferir com um dado espaço.
Partindo da ideia de proteção ou de auto-proteção, exploro o conceito de espaço e os limites e a sua conexão com o espaço. Como uma narrativa ou projeção do corpo num dado ao espaço. Apropriando.
A partir do conceito da relação entre o corpo e o espaço natural, ôrganico, que se transforma constantemente, decidi procurar por espaços pequenos, buracos nas árvores e habita-los com pequenas figuras de corpos humanos recortadas.
Encontrar figuras humanas que estivessem em transformação, posições fetal, de aconchego, nuas, expostas ao outro fora importante para a projeção visual e conceitual, procurando pela relação mais primária do humano num conceito relacionado ao nascimento, ao proteger do corpo e ao seu ser em constante transformação. Ideia de caverna, de habitação primitiva.
Nesta proposta, procurei por manipular e editar as imagens através de simetrias, rotações, repetições, transparências, contrastes e sobreposições dos corpos. Explorando e questionando a constante relação entre o espaço natural, que se possa transformar em inatural, e da manipulação do corpo que o habita. Transformando e anulando vez por outra o espaço que anteriormente era orgânico, priorizando a ação/foco do corpo.